Polícia

Infiltrados como amigos, golpistas são detidos por roubo de 4 milhões em criptomoedas de idosos

2 MAR 2024 • POR Redação • 09h01
Reprodução

Uma dupla de golpistas foi capturada após um sofisticado esquema de fraude que resultou no roubo de quase R$ 4 milhões em criptomoedas de um casal de idosos em Campo Grande. Os mandados de prisão e busca foram cumpridos em Osasco (SP) e Curitiba (PR), em uma operação conjunta entre as autoridades locais e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Os suspeitos, identificados como Filippe Barreto Sims e Jair do Lago Ferreira Júnior, ambos do estado de Mato Grosso do Sul, conquistaram a confiança das vítimas sob o disfarce de amizade, antes de obterem acesso às contas online do casal. Com esse acesso privilegiado, os criminosos conseguiram desviar uma quantia total de R$ 3,6 milhões em moedas digitais.

Segundo investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Assaltos e Sequestros (Garras), os golpistas inicialmente se apresentaram como consultores financeiros, ganhando a confiança dos idosos antes de executarem o golpe.

O delegado responsável pelo caso, João Paulo Sartori, enfatizou que os criminosos abusaram da relação de confiança estabelecida com as vítimas para perpetrar o crime, obtendo ilegalmente as senhas necessárias.

Após descobrirem o roubo, os idosos lesados imediatamente acionaram as autoridades, desencadeando uma operação conjunta entre o Garras e o Núcleo de Operações com Criptoativos do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab/MJSP). Este último foi fundamental para rastrear as criptomoedas roubadas e identificar os criminosos.

O coordenador do Ciberlab, Alesandro Barreto, ressaltou os avanços nas investigações de crimes cibernéticos e destacou a importância do laboratório em apoiar as autoridades policiais nesses casos.

Os suspeitos enfrentarão acusações que podem resultar em penas de quatro a oito anos de prisão, com um acréscimo de um a três anos pela associação criminosa. O caso foi registrado como furto qualificado. A operação foi batizada de "Verbum Clavis", em latim, que significa "Palavra-Chave".