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Caso Marielle: Defesa de Lessa abandona caso após delação premiada

Lessa, que está detido na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) desde 2019 sob acusação de ser um dos executores do assassinato

21 MAR 2024 • POR Redação • 18h30
Reprodução

Após anos de especulação e investigação, o caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes dá uma guinada significativa com a delação premiada de Ronnie Lessa, um dos principais suspeitos do crime.

Lessa, que está detido na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) desde 2019 sob acusação de ser um dos executores do assassinato, decidiu colaborar com as autoridades revelando informações sobre os mandantes do crime. Segundo relatos, membros de um influente grupo político do Rio de Janeiro estariam por trás da trama que resultou na morte da vereadora e de seu motorista.

Essas revelações, homologadas pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), representam um marco importante nas investigações do caso, que há anos intrigava tanto a sociedade quanto as autoridades. A homologação da delação premiada pelo STF foi anunciada pelo Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, sinalizando um novo capítulo na busca pela verdade e pela justiça.

No entanto, a decisão de Lessa de colaborar com as autoridades também teve consequências inesperadas para sua defesa. Em uma nota divulgada à imprensa, os advogados Fernando Santana e Bruno Castro anunciaram que estão abandonando o caso, citando "ideologia jurídica" como o motivo para sua retirada. O escritório de advocacia representava Lessa em doze processos, mas decidiu não continuar com a defesa após a delação premiada.

O envolvimento de Lessa no caso Marielle Franco remonta a sua prisão em 2019 e sua posterior condenação por ocultação das armas usadas no crime. Sua colaboração com as autoridades promete trazer novos desdobramentos e avanços nas investigações, que agora estão sob a jurisdição do STF devido ao envolvimento de pessoas com foro privilegiado.