Polícia

Prisões de suspeitos no caso Marielle são mantidas pela primeira turma do STF

Supremo Tribunal Federal consolida medidas cautelares contra possíveis mandantes do assassinato da vereadora

25 MAR 2024 • POR Redação • 07h33
Reprodução

Na mais recente reviravolta no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) em 2018, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos para manter as prisões de três suspeitos apontados como mandantes do crime. A decisão, liderada pelo ministro Alexandre de Moraes, foi confirmada por outros membros da turma, incluindo os ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino.

A operação que culminou com as prisões de Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa foi deflagrada no último domingo (24). Os suspeitos, após passarem por audiência de custódia, foram transferidos para Brasília e encaminhados à penitenciária federal no Distrito Federal.

Além das prisões, a decisão de Moraes também resultou no afastamento de duas autoridades ligadas à investigação do caso: o delegado Giniton Lages e o comissário Marco Antônio de Barros Pinto, ambos atuantes na Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro durante o período da investigação.

Giniton Lages, indicado pelo então chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, foi responsável por iniciar a apuração do crime. No entanto, sua conduta é alvo de suspeitas, incluindo o possível acobertamento do assassinato e seu aval à execução. As medidas cautelares adotadas pelo STF visam garantir a efetividade das investigações e evitar interferências indevidas no processo judicial.

O voto de Flávio Dino, único a divulgar uma argumentação detalhada, ressaltou a complexidade do caso, indicando a possibilidade de um "ecossistema criminoso" em determinada unidade federativa, conforme revelado pelas peças processuais.

O desfecho da análise pelos ministros da Primeira Turma do STF está previsto para as 23h59 desta segunda-feira, com expectativa de que o placar seja definido antecipadamente.