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Crise financeira na Agência de Habitação de Campo Grande: déficit de R$ 19 milhões em financiamentos

O saldo em caixa da Amhasf diminuiu em 46% em relação ao ano anterior

26 MAR 2024 • POR Redação • 09h42
Reprodução (PMCG)

A Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Amhasf) de Campo Grande enfrentou um desafio financeiro significativo no último ano, com um déficit de R$ 19 milhões em financiamentos de casas populares. O balanço anual da autarquia revelou uma lacuna substancial entre a receita prevista e a receita efetivamente recebida, resultando em preocupações sobre sua estabilidade financeira.

Prevendo arrecadar cerca de R$ 32.921.985,00 em pagamentos de parcelas de financiamentos, a Amhasf ficou aquém dessa meta, com apenas R$ 13.699.905,33 recebidos até o final do ano. Essa disparidade de 58% entre as expectativas e a realidade financeira destacou a gravidade do desafio enfrentado pela agência.

Como resultado direto desse déficit, as despesas empenhadas pela Amhasf excederam a receita em R$ 8,8 milhões no ano passado. Apesar dessa pressão financeira, a agência conseguiu evitar um saldo negativo graças às reservas financeiras que possuía. No entanto, o saldo em caixa da Amhasf diminuiu em 46% em relação ao ano anterior, evidenciando a urgência de medidas para fortalecer suas finanças.

Além do impacto nos financiamentos de habitação, o Fundo de Urbanização das áreas faveladas (FUNAF), gerido pela Amhasf, também enfrentou desafios financeiros. O fundo registrou um déficit orçamentário de R$ 690.803,57 devido a despesas que excederam a receita, ressaltando a necessidade de uma gestão financeira mais eficiente.

Apesar desses obstáculos, houve progressos em programas habitacionais conduzidos pela Amhasf. Transferências recebidas foram utilizadas na construção de unidades habitacionais nos loteamentos José Teruel Filho e Jardim Canguru, resultando na entrega de 328 moradias no ano passado.