Polícia

Policiais de MS envolvidos em transporte de cocaína usavam viaturas caracterizadas

Operação 'Frete Seguro' do Gaeco revela esquema criminoso de contrabando no Estado

27 MAR 2024 • POR Redação • 07h00
Reprodução

Na última terça-feira (26), uma operação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) revelou um esquema chocante envolvendo policiais civis em Mato Grosso do Sul. A investigação, denominada "Frete Seguro", descobriu que esses policiais estavam usando viaturas oficiais para transportar cocaína entre as cidades de Campo Grande e Ponta Porã.

Segundo o Ministério Público Estadual, o grupo criminoso era altamente organizado e contava com uma rede sofisticada de distribuição, incluindo policiais corruptos. Eles utilizavam empresas de transporte como fachada para lavar dinheiro oriundo do tráfico de drogas.

O método utilizado para o transporte da cocaína foi denominado "frete seguro", onde os policiais civis se valiam da aparência oficial das viaturas para evitar fiscalizações durante o trajeto da droga. Essa prática ocorria de forma sistemática, facilitando o escoamento da droga de Ponta Porã para Campo Grande e posteriormente para outros estados.

A operação resultou no cumprimento de 21 mandados de prisão preventiva, sendo que três dos alvos já estavam sob custódia. Além disso, foram realizados 33 mandados de busca e apreensão em ambas as cidades.

Durante a investigação, também foi descoberto que a droga era ocultada entre cargas lícitas, dificultando a fiscalização policial nas rodovias. Os criminosos se aproveitavam do transporte em caminhões refrigerados, cujos baús eram lacrados durante o deslocamento.

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio de sua Corregedoria-Geral, desempenhou um papel fundamental na operação, cumprindo os mandados relacionados aos policiais civis envolvidos. Em nota, a instituição reforçou seu compromisso em combater qualquer tipo de crime no estado e afirmou que estão em curso procedimentos administrativos para apurar possíveis transgressões disciplinares.

A operação contou com o apoio de equipes do Batalhão de Choque, da Força Tática e do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar, além da Corregedoria da Polícia Civil.