Política

Julgamento de Sério Moro é suspenso após voto decisivo; placar fica em 1 a 1

O julgamento, que conta com sete juízes, será retomado na próxima segunda-feira (8)

4 ABR 2024 • POR Redação • 12h40
Reprodução

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná retomou ontem (quarta-feira, 3) o julgamento das ações que podem levar à cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) por suposto abuso de poder econômico na disputa eleitoral de 2022.

No primeiro dia de julgamento, o relator Luciano Carrasco Falavinha votou pela improcedência do pedido e, portanto, pela absolvição de Moro. Entretanto, o juiz José Rodrigo Sade, primeiro a votar nesta quarta, entendeu que houve abuso e votou a favor da cassação da chapa de Moro.

Cláudia Cristina Cristofani, terceira a votar, pediu vista e se comprometeu a proferir seu voto na sessão de segunda-feira (8).

Durante seu voto, Sade rebateu argumentos centrais do relator, como a necessidade de comprovar a intenção de Moro desde o início de concorrer ao Senado. Ele afirmou que a pré-campanha beneficiou Moro, independentemente de sua intenção inicial.

Uma das controvérsias do processo é a definição das despesas consideradas de pré-campanha. Falavinha apontou gastos de cerca de R$ 224,8 mil, enquanto o Ministério Público calculou despesas de mais de R$ 2 milhões. Sade concordou com o MP e destacou que a injeção de recursos afetou a legitimidade das eleições.

Além disso, Sade argumentou que despesas realizadas fora do Paraná também são relevantes, dada a influência das redes sociais e mídias na internet.

O julgamento, que conta com sete juízes, será retomado na próxima segunda-feira. Se condenado, Moro perderá o mandato e se tornará inelegível até 2030, além de serem realizadas novas eleições para o Senado.