Economia

Endividamento e inadimplência crescem em março, indicando maior demanda por crédito

7 ABR 2024 • POR Redação • 12h24
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Após cinco meses de declínio consecutivo, a proporção de brasileiros endividados e inadimplentes registrou um aumento significativo em março, conforme apontado pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo o estudo, a fatia de famílias com contas em atraso passou de 28,1% em fevereiro para 28,6% em março, marcando uma reversão na tendência de queda observada nos últimos meses.

O aumento do endividamento também foi evidenciado, com a proporção de famílias com contas a vencer aumentando de 77,9% em fevereiro para 78,1% em março. No entanto, é importante ressaltar que, apesar desses aumentos, os números ainda permanecem abaixo dos registrados no mesmo período do ano anterior.

A CNC aponta que esse crescimento no endividamento e na inadimplência reflete uma maior demanda por crédito por parte das famílias, aproveitando as condições de juros mais baixos. As dívidas consideradas na pesquisa incluem modalidades como cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, entre outros.

A pesquisa também destaca que o aumento na inadimplência está relacionado ao crescimento do percentual de famílias que não têm condições de pagar suas dívidas, representando um desafio adicional para os consumidores. Esse grupo, conhecido como o mais complexo dos inadimplentes, já supera os indicadores do mesmo período do ano anterior.

Um ponto de preocupação é a parcela de famílias que afirmam não terem condições de pagar suas dívidas atrasadas, permanecendo assim inadimplentes, que aumentou de 11,9% em fevereiro para 12,0% em março. Esse resultado também é superior ao registrado no mesmo período de 2023.

Além disso, a pesquisa aponta que o aumento no endividamento e na inadimplência foi mais expressivo nas famílias de renda mais baixa. Isso sugere que a situação econômica está se tornando mais desafiadora para os estratos sociais mais vulneráveis, enquanto a classe média alta e alta parece estar mais estável.  (Com inf da CNN)