Rural

Mato Grosso do Sul alcança produção histórica na safra de cana-de-açúcar em 2024

15 ABR 2024 • POR Redação • 11h39
Reprodução

A Safra da Cana-de-açúcar encerrou com resultados impressionantes no Estado de Mato Grosso do Sul. No ciclo 2023/2024, a produção atingiu um recorde, impulsionada por condições climáticas favoráveis e um aumento significativo na produtividade. Foram processadas 52,4 milhões de toneladas da matéria-prima, representando um aumento de 17,4% em relação à temporada anterior.

O destaque não se limita apenas à quantidade de cana processada. A produção de etanol alcançou a marca de 3,8 bilhões de litros, um aumento de 15%, enquanto a produção de açúcar registrou um crescimento impressionante de 50,9%, totalizando 2,2 milhões de toneladas. Além disso, a geração de energia elétrica a partir da biomassa da cana também apresentou um saldo positivo, com 2 milhões de MWh exportados para a rede nacional, um aumento de 8,6%.

Os números foram divulgados durante a abertura da Expocanas, evento realizado em Nova Alvorada do Sul (MS). Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com 19 indústrias bioenergéticas em operação, que contribuem significativamente para a economia local. Responsável por injetar mais de R$ 1,2 bilhão em massa salarial e representando 16,5% do PIB Industrial, o setor gera cerca de 30 mil empregos diretos e terceirizados, impactando positivamente mais de 40 municípios do estado.

O Governador Eduardo Riedel destacou o compromisso do estado em promover a produção de energia limpa e renovável. Reduzindo a alíquota de ICMS sobre o biometano de 17% para 1,8%, Mato Grosso do Sul busca incentivar ainda mais o setor de bioenergia e torná-lo mais competitivo. Com um posicionamento estratégico focado em segurança alimentar, transição energética e sustentabilidade ambiental, o estado se destaca no cenário nacional e internacional.

Além disso, o investimento de R$ 350 milhões anunciado pela Atvos para a construção de uma usina de biometano em Nova Alvorada do Sul reforça o potencial do estado no setor. Utilizando resíduos da cadeia produtiva da cana, a nova unidade terá capacidade instalada para produzir 28 milhões de metros cúbicos de biometano, contribuindo para a consolidação de Mato Grosso do Sul como uma importante fronteira na transição energética.