Saúde

Planos de saúde coletivos mantêm alta pelo terceiro ano consecutivo

Levantamento da XP Investimentos mostra que o aumento médio atingiu 14% em 2024.

29 ABR 2024 • POR Redação • 07h00
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A escalada nos custos dos planos de saúde coletivos não dá sinais de arrefecimento, com um novo reajuste de 14% anunciado para este ano, marcando o terceiro ano consecutivo de aumentos substanciais. Segundo um relatório da XP Investimentos, com dados fornecidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a tendência de alta vem se mantendo firme, com implicações significativas para milhões de brasileiros.

O levantamento destaca que, apenas entre dezembro de 2023 e fevereiro de 2024, os planos já haviam registrado um aumento médio de 15%. Este padrão de crescimento contínuo começou em 2022 com um aumento de 11,54%, seguido por 14,38% em 2023, apontando para uma tendência de crescimento que não mostra sinais de desaceleração.

Os planos coletivos, que abrangem tanto modalidades empresariais quanto por adesão (estes últimos vinculados a entidades de classe), compõem a grande maioria do mercado de saúde suplementar, representando 88,6% dos 50,9 milhões de beneficiários no país. Enquanto os planos individuais e familiares têm seus reajustes limitados por um teto imposto pela ANS, os planos coletivos experimentam aumentos mais expressivos, refletindo uma dinâmica de mercado distinta.

Entre os principais players do setor, SulAmérica, Bradesco Saúde e Amil foram apontados como responsáveis pelos maiores reajustes, com índices que ultrapassaram 20%, sendo os estados de São Paulo e Rio de Janeiro os mais afetados por esses ajustes elevados.

A previsão dos analistas da XP Investimentos é de que os reajustes permaneçam em patamares elevados por mais algum tempo, impulsionados pela recuperação dos níveis de atendimento pós-pandemia, o aumento dos custos associados a novas tecnologias médicas e a inflação de custos gerais.

Por outro lado, o segmento de planos odontológicos mostra uma estabilidade maior, com aumentos que continuam sendo de apenas um dígito. Entretanto, empresas que operam tanto no segmento de saúde quanto no odontológico, como Hapvida, SULA e Amil, estão experimentando os maiores reajustes dentro desse espectro, em contraste com a Odontoprev, que se mantém com reajustes mais contidos.