Reajuste nos remédios eleva inflação na Capital Sul-mato-grossense
Dados divulgados pelo IBGE revelam que 6 dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram aumento no último mês
11 MAI 2024 • POR Redação • 11h45O mês de abril revelou um cenário desafiador para o bolso dos campo-grandenses, com a inflação atingindo 0,36%, um aumento significativo em relação ao mês anterior. Esse movimento ascendente foi especialmente impulsionado pelo reajuste nos preços dos produtos farmacêuticos, que sofreram um aumento expressivo de 4,50% no final de março.
Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram aumento em Campo Grande durante o último mês. Vejamos a variação mensal de cada grupo:
Destaca-se o grupo de saúde e cuidados pessoais, que registrou o maior impacto. Os preços dos medicamentos, especialmente os dermatológicos (6,67%), analgésicos e antitérmicos (4,87%) e hormonais (4,46%), foram os principais responsáveis por esse aumento.
A alimentação e bebidas também contribuíram significativamente para a inflação, com o aumento nos preços de alimentos como mamão, cebola, alho e tomate.
Enquanto isso, as despesas pessoais continuaram em alta, impulsionadas principalmente pelos serviços de cartório, que registraram um aumento substancial de 50,68%.
Nos transportes, o aumento nos preços dos combustíveis, especialmente gasolina e etanol, contribuiu para a inflação no setor.
No entanto, houve quedas nos grupos de vestuário, habitação e educação, esta última influenciada pelos preços dos livros didáticos e atividades físicas.
No acumulado do ano, a inflação em Campo Grande alcança 1,77%, enquanto nos últimos 12 meses, atinge 3,76%, abaixo dos 4,32% registrados nos 12 meses anteriores.
A nível nacional, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril foi de 0,38%, com uma inflação acumulada de 1,80% no ano e de 3,69% nos últimos 12 meses.