MS está entre os Estados brasileiros que anunciaram plano de combate a ameaças nas escolas

Umas das medidas é a ampliação de câmeras de vigilância 24 horas por dia nas 348 escolas estaduais do estado.

A segurança escolar é uma preocupação constante, tanto das famílias dos alunos quanto das entidades governamentais. Com os últimos acontecimentos envolvendo ataques às escolas, como o de Blumenau (SC),  no  dia 5 de março,  em São Paulo, no fim de  março,  o  Governo de Mato Grosso do Sul  foi um dos oito estados brasileiro a apresentar um plano de segurança para coibir casos de violência na Rede de Ensino.   

Além da situação em âmbito nacional, o cenário estadual também tem preocupado as autoridades. Em Corumbá, uma adolescente foi esfaqueada em uma briga após sair da escola.  A discussão foi filmada por outros alunos e compartilhada nas redes sociais. Com foco na segurança dos estudantes e profissionais de educação, várias medidas foram anunciadas recentemente pelo governador Eduardo Riedel.
 

Umas das medidas é a ampliação de câmeras de vigilância 24 horas por dia nas 348 escolas estaduais do estado e o lançamento do Núcleo de Inteligência e Segurança Escolar, que será um espaço dentro da Central de Monitoramento das Escolas com policiais que vão acompanhar as investigações. O treinamento para professores em casos de necessidade de evacuação da escola vai ser intensificado, informou o governo.

Eduardo Riedel destacou que já existe um plano de segurança nas escolas em andamento, com programas e projetos em execução, que agora recebem ampliações e novas ações emergenciais em função dos casos de violência (escolas) em todo Brasil.

Outras ações que fazem parte do plano para combater ameaças à comunidade escolar é a ampliação do monitoramento com novas câmeras e um dispositivo chamado de “botão do pânico” para eventuais emergências, reforço da ronda policial nas escolas, com viaturas e helicópteros.  De acordo com a Secretaria de Estado de Educação (SED), a ferramenta é um aplicativo a ser acionado pela equipe gestora das escolas para chamar os agentes de segurança e monitoramento em caso de emergência.

Para usar corretamente o dispositivo, os profissionais da educação passarão por treinamento e capacitação. As ações são consideradas preventivas e terão parceria com iniciativas como o Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência (Proerd) e os projetos Bom de Bola, Bom na Escola, Projeto Florestinha e Bombeiros do Amanhã.

“O momento é de levar tranquilidade para as escolas, mas com atenção total, estando preparados para lidar com qualquer situação. Aqui apresentamos ações novas, reforçamos programas que já estão em andamento, com monitoramento total das escolas, tempo de resposta rápida e serviço de inteligência nas investigações”, afirmou Riedel

Mais estados também apresentaram ações:  São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Ceará, Pará, Amazonas e Rio Grande do Sul.

Campo Grande - Na Rede Municipal de Ensino (Reme), em Campo Grande,  já existem diversas parcerias entre a Secretaria de Educação (Semed), Poder Judiciário e Entidades, no sentido de conscientizar alunos e comunidade sobre a necessidade de coibir atos de violência, buscando a conciliação dos conflitos. Algumas medidas também já foram anunciadas para intensificar a segurança nas escolas da Capital. As ações incluem a disponibilização de 10 viaturas da Guarda Civil Metropolitana para rondas diárias, instalação de alarmes, mapeamento de risco, controle minucioso de fechamento dos portões e monitoramento com o botão do pânico.

Os protocolos de medidas foram informados pela própria Prefeitura de Campo Grande, Adriane Lopes, após reuniões de planejamento realizadas em abril.  Conforme informações, de imediato, 23 escolas apontadas pelo mapeamento com maior risco, terão efetivo da GCM durante o turno escolar. A medida será ampliada gradativamente de acordo com a incorporação de novos guardas nomeados por meio de concurso público. Em paralelo, todas as unidades de ensino da Reme terão a instalação de trancas dos portões de acesso.

Também está em estudo a implementação do botão do pânico, por meio de aplicativo, pelo qual cada unidade escolar terá acesso direto com a Central da Guarda e as próprias viaturas da GCM que fazem rondas nas sete regiões da cidade. O uso desse tipo de tecnologia está sendo viabilizado em ação conjunta da Semed, GCM e Agetec. A Prefeitura também pretende fechar o portão de entrada dos professores, implementar aplicativos com os diretores, chefias das redes de ensino e guarda civil, bem como realização de palestras e rondas constantes.

Adriane Lopes declarou que a segurança será extremamente reforçada com a tecnologia da inteligência artificial. Segundo a prefeita esse tipo de sistema vai ajudar demais  com a segurança dos alunos e servidores. “Vamos fazer igual nossas Emeis, onde ninguém entra sem autorização”, disse