Polícia

Resgate de mãe e bebê paraguaias desvenda esquema de tráfico de crianças no MS

Polícia descobre rede de tráfico ao libertar mulher e filha de 11 dias mantidas em cárcere privado em aldeia indígena.

31 MAI 2024 • POR Redação • 09h36
Reprodução (Foto PC MS)

Na última quarta-feira (29), uma operação realizada pela Delegacia de Polícia Civil de Caarapó, em colaboração com a Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) de Fátima do Sul, resgatou uma mulher paraguaia e sua bebê de 11 dias, mantidas em cárcere privado na aldeia indígena Marangatu, em Antônio João, Mato Grosso do Sul. A ação integra a Operação Protetor, promovida pelo Ministério da Justiça.

Os policiais estavam em uma reunião com lideranças indígenas quando foram informados sobre o caso de uma mulher paraguaia de 25 anos que havia vindo ao Brasil para dar à luz. Ela havia prometido entregar o bebê a uma mulher de 41 anos após o nascimento. No entanto, a mãe mudou de ideia e decidiu ficar com a filha. Em resposta, a autora a manteve em cárcere privado.

Para retornar ao Paraguai, a mulher precisava entregar a bebê ou pagar R$ 1 mil, quantia que não possuía. Temendo por sua vida e pela vida de sua filha devido às ameaças recebidas, a mãe não conseguiu deixar o local.

Lideranças indígenas informaram que casos similares de crianças paraguaias trazidas ao Brasil de maneira irregular têm sido recorrentes, sugerindo um possível tráfico internacional de crianças. Com essas informações, a equipe policial foi ao local e, ao conversar com a vítima, confirmou seu desejo de voltar ao Paraguai com sua filha.

A operação de resgate foi realizada com o apoio do Conselho Tutelar. A autora foi presa em flagrante e levada à Delegacia de Antônio João. O Conselho Tutelar, em contato com o Consulado Paraguaio, providenciou abrigo para a mãe e a bebê. A transferência delas para as autoridades paraguaias foi acompanhada pela Polícia Civil.