Rural

Quebra na safra de milho em Mato Grosso do Sul gera prejuízo

Condições climáticas irregulares causam redução na produção e preocupam agricultores do Estado

5 JUN 2024 • POR Redação • 09h16
Reprodução

A quebra da safra de milho em Mato Grosso do Sul é um golpe significativo para a economia agrícola do estado. De acordo com a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS), a produção de milho na safra 2023/2024 está estimada em uma redução de 19,23%, causando um prejuízo estimado em R$ 2,292 bilhões.

As condições climáticas irregulares foram apontadas como a principal causa desses estragos, resultando em danos irreversíveis às plantações. O milho, principal cultura cultivada na segunda safra, enfrentou dificuldades devido à escassez hídrica e aos períodos de seca, que ocorreram entre os meses de março e abril, e novamente entre abril e maio.

Com uma redução de 5,82% na área cultivada em comparação com a safra anterior, a produtividade também foi afetada, impactando diretamente o mercado. O presidente da Aprosoja-MS, Jorge Michelc, expressou preocupação com a situação, destacando que os produtores rurais estão enfrentando um período crítico.

Os efeitos da quebra da safra são visíveis nas condições das lavouras, com 32,6% avaliadas como ruins e apenas 46,3% consideradas em boas condições. As regiões mais afetadas incluem o sul, sudoeste, centro, oeste, nordeste, norte, sul-fronteira e sudeste do estado.

O impacto dessas condições adversas também é sentido no calendário de plantio, com milho sendo plantado em diferentes épocas, desde janeiro até o início de maio. As projeções meteorológicas indicam que o fenômeno El Niño, responsável em parte por essas condições climáticas, começará a perder força no segundo semestre, mas a transição para o La Niña pode trazer novos desafios para a cultura do milho, com a possibilidade de chuvas abaixo da média histórica, granizo, geadas e baixas temperaturas nos meses seguintes.