Polícia

Campo Grande torna -se centro de distribuição do narcotráfico

Bairros periféricos e muitas vezes carentes de infraestrutura emergem como alvos preferenciais

5 JUN 2024 • POR Redação • 09h32
Reprodução (PCMS)

Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, ganha destaque como um entreposto crucial no circuito do tráfico de drogas, impulsionado por sua posição geográfica estratégica e suas conexões com países e estados vizinhos conhecidos por sua produção de entorpecentes. Com quase 900 mil habitantes, a cidade torna-se um ponto focal no mapa do tráfico, desafiando as autoridades a combater essa realidade preocupante.

Enquanto a Polícia Rodoviária Federal (PRF) concentra seus esforços na interceptação de drogas nas rodovias, a batalha contra o tráfico em Campo Grande é liderada pela Denar (Delegacia de Repressão ao Narcotráfico), em colaboração com outras agências policiais. No entanto, o grande desafio reside na identificação e desmantelamento dos entrepostos de drogas dentro da cidade.

Os traficantes adotam uma estratégia cuidadosamente planejada ao selecionar os locais para armazenar drogas antes de sua distribuição final. Bairros periféricos e muitas vezes carentes de infraestrutura emergem como alvos preferenciais, oferecendo a discrição necessária para suas operações ilícitas. Entre esses bairros, destacam-se Moreninhas, Nova Lima, Nova Campo Grande e Noroeste, formando uma rede crucial na rota do tráfico.

Nesses locais, galpões e residências isoladas se transformam em depósitos temporários de drogas, enquanto os traficantes aguardam o momento certo para o transporte e distribuição. Embora esses bairros possam parecer distantes do centro urbano, eles desempenham um papel central na cadeia de suprimentos do tráfico de drogas, alimentando o comércio ilegal que assola a cidade.