Meio Ambiente

Mato Grosso do Sul firma pacto interfederativo para prevenir e controlar incêndios no Pantanal

De acordo com o governador Eduardo Riedel, o estado já investiu cerca de R$ 50 milhões em ações preventivas.

6 JUN 2024 • POR Redação • 08h41
Portal GovMS

O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul assinou nesta quarta-feira (5) um pacto interfederativo com o Governo Federal e outros estados para combater incêndios no Pantanal e na Amazônia. A iniciativa visa antecipar e integrar ações de prevenção e controle do fogo nas regiões que enfrentarão forte estiagem nos próximos meses.

A cerimônia de assinatura ocorreu em Brasília (DF) em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Estiveram presentes a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o governador sul-mato-grossense Eduardo Riedel, entre outros representantes estaduais.

De acordo com o governador Eduardo Riedel, Mato Grosso do Sul já investiu cerca de R$ 50 milhões em ações preventivas. "O Pantanal é um bioma historicamente suscetível às queimadas na época de seca. Em 2020, tivemos um ano fora de qualquer proporção, e em 2024 as condições climáticas são ainda piores. Estamos agindo para evitar a repetição daquele cenário," afirmou Riedel.

Riedel destacou que Mato Grosso do Sul, onde está 65% do Pantanal, tem se preparado desde 2020 para enfrentar o problema. "A época de incêndios já começou com mais de 800, 900 focos. Nossa ação já resultou em uma área menor afetada," explicou.

O pacto interfederativo, assinado por Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Acre e Roraima, reforça os esforços estaduais. "Este acordo é crucial para ampliar nossa capacidade de ação. Mato Grosso do Sul já alocou praticamente R$ 50 milhões em prevenção, e o pacto ajudará a intensificar nossos esforços," destacou o governador.

Além do pacto, foram assinadas outras 13 iniciativas para diferentes regiões do Brasil, incluindo a criação de novas áreas protegidas e programas nacionais de conservação.

A ministra Marina Silva ressaltou a necessidade de ações coordenadas para enfrentar os desafios climáticos. "O que estamos vendo em termos de chuvas no Rio Grande do Sul, veremos em estiagem na Amazônia e no Pantanal. Teremos um fenômeno de incêndios e queimadas," afirmou.

Marina explicou que materiais orgânicos chamados turfas alimentam incêndios subterrâneos em áreas remotas, dificultando o combate. "Estes incêndios, naturais na seca do Pantanal, tornam-se ameaças à vida com as condições climáticas previstas," observou.

Antes das assinaturas, Marina destacou a redução do desmatamento. No Cerrado, houve uma diminuição de 12,9% nos primeiros cinco meses de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023. No Pantanal, a queda do desmatamento foi de 9,2% entre agosto de 2022 e julho de 2023. "Temos essa inflexão no Pantanal graças a leis como a Lei do Pantanal, implementada no Mato Grosso do Sul," concluiu.