Justiça

Ginecologista acusado de assédio sexual tem cassação revertida em MS

6 JUN 2024 • POR Redação • 09h16
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Salvador Walter Lopes, médico ginecologista em Mato Grosso do Sul, teve uma reviravolta em seu caso após o Conselho Federal de Medicina reverter a decisão de cassação de seu registro profissional. Em vez disso, Lopes enfrentará uma suspensão temporária de 30 dias. Esta decisão ocorre em meio a várias alegações de importunação sexual e assédio sexual contra o profissional, que tem múltiplas passagens policiais relacionadas a esses crimes.

A mudança na penalidade foi formalizada através de um acórdão publicado na edição de hoje (6) do Diário Oficial da União. O caso foi revisado pelo pleno do Tribunal Superior de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina.

Embora a maioria dos membros tenha confirmado a culpabilidade do médico, a decisão do Conselho Federal reformou a sanção inicialmente aplicada pelo Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRM-MS), que era a cassação do registro profissional.

A nova decisão determina que Salvador Walter Lopes seja suspenso do exercício profissional por 30 dias. Essa alteração foi baseada na infração do artigo 23 do Código de Ética Médica de 2018, desconsiderando a infração prevista no artigo 25 do mesmo código.

Os relatos apresentados pelas vítimas de assédio contra o médico são chocantes. Em uma das consultas, ele fez comentários inapropriados sobre a aparência física da paciente e tentou abraçá-la à força. Em outro caso, fez comentários desrespeitosos sobre o peso da paciente e sua aparência física.

Apesar das diversas denúncias registradas na polícia, o Conselho optou por uma penalidade de censura pública, divulgando o nome do médico, seu CRM/MS e registro no Conselho em uma publicação oficial.

Uma audiência judicial foi marcada para investigar as acusações de assédio sexual e importunação contra o ginecologista. Uma das pacientes assediadas pelo médico está movendo uma ação de R$ 100 mil por danos morais. A audiência está agendada para o dia 20 de junho, onde serão ouvidas a vítima e o médico acusado.