Política

Governo promete revisão de gastos após reação negativa do mercado às declarações de Lula

Ministro da Fazenda anuncia medidas para conter impacto no mercado financeiro

13 JUN 2024 • POR Redação • 14h55
Reprodução

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (13) que o governo está intensificando a revisão dos gastos públicos em resposta às reações adversas do mercado financeiro às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Lula enfatizou na quarta-feira (12) a integração entre políticas econômicas e sociais.

"Há uma necessidade clara de revisar o gasto primário. Estamos dispostos a cortar privilégios e corrigir distorções, como supersalários e benefícios irregulares. Este movimento é essencial para restaurar a confiança e a estabilidade econômica", declarou Haddad.

Após a declaração de Lula, o dólar registrou alta de 0,86%. No entanto, após as declarações de Haddad sobre a revisão de gastos, a moeda interrompeu seu movimento de alta e, às 12h54, operava em queda de 0,56%, cotado a R$ 5,4066.

Segundo a ministra do Planejamento, Simone Tebet, a revisão dos gastos está sendo incorporada ao planejamento para 2025, com o projeto de lei orçamentária previsto para agosto.

Fernando Haddad também mencionou que o governo considera medidas administrativas para reduzir gastos, evitando, quando possível, o encaminhamento de projetos de lei ao Congresso Nacional.

Tebet destacou que, embora haja poucas opções para aumentar receitas, o foco está na gestão eficiente das despesas para equilibrar as contas públicas.

Haddad e Tebet discutiram essas medidas durante reunião na sede do Ministério da Fazenda em Brasília nesta quinta-feira. Na pauta estavam questões como a relação com o Senado após a devolução de uma medida provisória sobre PIS/Cofins, o Orçamento Federal de 2025 e o parecer prévio do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as contas do governo em 2023.

Em um evento no Rio de Janeiro, o presidente em exercício Geraldo Alckmin projetou uma queda do dólar nas próximas semanas e reafirmou o compromisso do governo com as regras fiscais do país.  * com inf G1)