Meio Ambiente

Frente fria alivia incêndios no Pantanal

Área queimada diminui em 13 mil hectares em um único dia, mas especialistas alertam que chuvas são necessárias para conter incêndios

1 JUL 2024 • POR Redação • 07h50
Sejusp

A chegada de uma frente fria no Pantanal Sul-mato-grossense reduziu significativamente os focos de calor e a área queimada em um único dia. De acordo com dados de satélite, a área queimada na sexta-feira (28) foi de 4.475 hectares, uma redução considerável em comparação aos 17.525 hectares queimados na quinta-feira (27).

Apesar da queda nas temperaturas e do aumento da umidade relativa do ar, os incêndios continuam a ser um desafio. Entre quarta-feira (26) e domingo (30), as temperaturas caíram drasticamente em algumas regiões do Estado, chegando a 5ºC. Em uma das cidades, os termômetros registraram 14,5ºC no domingo (30), com sensação térmica de 8,4ºC.

Além do frio, outras medidas ajudaram a controlar os focos de calor, como a implementação de aceiros e a atuação de aviões especializados no combate a incêndios. Brigadas voluntárias, bombeiros militares, policiais militares, Forças Armadas e diversas agências ambientais também contribuíram para a redução dos incêndios.

Contudo, especialistas afirmam que chuvas significativas são necessárias para conter completamente os incêndios. A queda de temperatura melhora as condições atmosféricas, mas a umidade é crucial para resolver a questão. Chuvas acima de cinco milímetros, que realmente molhem o solo, são esperadas apenas em setembro.

Entre 1º de janeiro e 26 de junho deste ano, 695.600 hectares foram devastados pelo fogo, equivalente a 4,61% do Pantanal. Somente em junho, 412.600 hectares foram queimados.

O Pantanal Sul-mato-grossense enfrentou o pior incêndio florestal da história em 2020, com 1.580.000 hectares queimados entre janeiro e dezembro. De janeiro a junho de 2020, 245.950 hectares foram destruídos pelo fogo. No mesmo período em 2024, esse número quase triplicou, com 695.600 hectares queimados, indicando uma situação ainda mais grave este ano.

As queimadas transformam paisagens verdes e vibrantes em áreas cinzentas e desoladas, destruindo matas, áreas verdes, vegetações, florestas, biodiversidade e espécies nativas do Pantanal.