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Polícia prende narcotraficante brasileiro de luxo após esposa expor localização em rede social

Ronald Roland é suspeito de abastecer cartéis de drogas no México e comandar um esquema de lavagem de dinheiro,

8 JUL 2024 • POR Redação • 15h00
Reprodução

Nesta semana, a Polícia Federal brasileira capturou Ronald Roland, um proeminente narcotraficante suspeito de fornecer drogas para cartéis no México e de liderar um vasto esquema de lavagem de dinheiro através de empresas de fachada. Roland, conhecido por sua vida de luxo e discrição relativa, acumulou uma fortuna estimada em R$ 5 bilhões ao longo de cinco anos, segundo investigações policiais.

A operação da Polícia Federal, que se estendeu por sete estados, resultou na prisão de oito pessoas e na apreensão de dinheiro, joias, armas, 34 carros, um barco e dois aviões. A captura de Roland ocorreu em Guarujá, onde ele vivia com sua esposa e filha, em um apartamento onde foram encontrados dormindo durante a ação policial.

O estilo de vida extravagante de Roland chamou a atenção das autoridades quando ele se mudou para Uberlândia, Minas Gerais, adquirindo propriedades de alto padrão e ostentando veículos de luxo, incluindo uma sequência rápida de compras de automóveis de alto valor. As investigações revelaram um intricado esquema de lavagem de dinheiro envolvendo mais de 100 empresas fictícias em setores como construção civil, aviação, locação de veículos e criptomoedas, com a participação de mais de 200 pessoas, muitas delas laranjas.

A esposa de Roland, Andrezza de Lima Joel, também foi implicada no esquema por meio de sua loja de biquínis no Guarujá, que teria recebido grandes quantias em depósitos fracionados, parte do processo de lavagem de dinheiro. O episódio ressalta como a exposição inadvertida nas redes sociais, como a divulgação de viagens em jatos particulares, contribuiu para a identificação e prisão do narcotraficante.

Ronald Roland, de 50 anos, possui um histórico criminal extenso que inclui acusações que remontam aos anos 2000 por sonegação de impostos, corrupção ativa, associação criminosa e falsidade ideológica. Mais recentemente, ele foi monitorado pela Polícia Federal por seu envolvimento no tráfico internacional de drogas, associando-se a grandes narcotraficantes na América do Sul, América Central e México.

A defesa de Ronald e de sua esposa optou por não se manifestar até ter acesso completo ao processo. (Fantástico)