Políticos, juristas e jornalistas entre alvos de Operação da PF do caso de espionagem na Abin

A Polícia Federal desencadeou uma operação de impacto nesta quinta-feira, revelando um escândalo de espionagem envolvendo a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro. A investigação aponta para um esquema sistemático de monitoramento ilegal que teria atingido figuras proeminentes da política nacional, incluindo o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e o senador Renan Calheiros, ambos alvos declarados da ação clandestina.

Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara, também teve sua movimentação monitorada, supostamente por ordens diretas do então chefe da Abin, Alexandre Ramagem. Em entrevista, Maia denunciou a prática como "totalitária e criminosa", ampliando as críticas ao uso abusivo de recursos públicos para perseguir adversários políticos.

Além dos políticos, a investigação revelou que escritórios de advocacia, jornalistas e membros do Judiciário também estavam na mira da Abin, em uma operação que se estendeu de 2019 a 2022. Diálogos interceptados indicam possíveis ações clandestinas contra ministros do Supremo Tribunal Federal, visando questionar a credibilidade do sistema eleitoral.

Os desdobramentos incluem a execução de mandados de prisão preventiva e busca e apreensão em várias partes do país, marcando um momento crucial na busca por transparência e justiça. .