Economia

Atentado contra Trump gera expectativa de volatilidade no mercado cambial

15 JUL 2024 • POR Redação • 10h25
Reprodução

O mercado financeiro brasileiro enfrenta um cenário de expectativa nesta segunda-feira (15), após o atentado contra o ex-presidente Donald Trump durante um comício na Pensilvânia. O incidente, que resultou em ferimentos leves para Trump e na morte do atirador, Thomas Matthew Crooks, levanta incertezas que podem refletir na volatilidade do câmbio entre o dólar americano e o real.

A equipe econômica do governo Lula da Silva antecipa que a reação inicial do mercado pode incluir alguma turbulência, embora preveja que essa oscilação seja passageira e com impactos limitados sobre a economia brasileira. Um membro do governo destacou que o episódio não configura um problema estrutural que possa alterar drasticamente as condições econômicas de longo prazo.

No entanto, há um reconhecimento de que o impacto poderia se prolongar dependendo dos desdobramentos futuros. Especula-se também sobre o potencial fortalecimento político de Trump diante do incidente, o que poderia complicar a reeleição do presidente democrata Joe Biden, conforme analistas próximos ao governo brasileiro.

A postura cautelosa do presidente Biden, que pediu para evitar especulações sobre as motivações do atirador e permitir que o FBI conduza suas investigações, adiciona um elemento de espera e observação por parte dos mercados.

O contexto recente do mercado cambial brasileiro também é relevante, com o dólar tendo apresentado certa estabilidade após uma semana de ajustes positivos. A moeda americana encerrou a última sexta-feira cotada a R$ 5,430, influenciada por indicadores econômicos favoráveis nos Estados Unidos que sugerem uma possível desaceleração da inflação e, consequentemente, uma postura mais flexível do Federal Reserve em relação às taxas de juros.

Antes do incidente, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, expressou otimismo quanto a uma redução gradual das incertezas econômicas e a uma maior estabilização do câmbio em níveis mais condizentes com as expectativas do mercado.  (FolhaPress)