Cidades

Indenizações não pagas pela prefeitura de Campo Grande paralisam obras de avenida nas Moreninhas

24 JUL 2024 • POR Redação • 19h34
Correio do Estado

A construção da Avenida das Moreninhas em Campo Grande está paralisada devido ao não pagamento das indenizações prometidas aos proprietários desapropriados. A primeira fase da obra, que deveria conectar a região das Moreninhas a uma nova avenida, está quase concluída, mas termina abruptamente em uma pastagem devido à falta de recursos para a continuação da obra.

O problema começou quando a prefeitura não cumpriu o compromisso de indenizar os 52 proprietários desapropriados para a construção da via. De acordo com a previsão inicial de janeiro de 2023, o valor total necessário para compensar os proprietários era de R$ 10.491.792,41. Embora muitos tenham aceitado os valores oferecidos e transferido suas propriedades, os pagamentos não foram efetuados.

Nesta terça-feira (24), um idoso de 81 anos, que possuía três dos imóveis desapropriados, entrou com uma ação judicial para exigir o pagamento de R$ 3.543.400,76. Seu advogado, José Guilherme Rosa, destacou a urgência da situação devido à condição de saúde terminal do cliente, que está com câncer em estágio avançado.

O advogado criticou fortemente a administração municipal por sua falta de organização e responsabilidade. Ele também informou que a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) está disposta a repassar os R$ 10,5 milhões necessários para as indenizações, mas a prefeitura ainda não fez o pedido oficial de repasse.

A falta de resolução desse impasse está impedindo o avanço da obra, cujo custo total é estimado em quase R$ 74 milhões. A segunda fase da construção, orçada em R$ 32 milhões, ainda não foi licitada, e a continuidade da obra depende da regularização das indenizações.

A nova avenida tem como objetivo melhorar a conectividade entre a região sul e o centro de Campo Grande, aliviando o tráfego em vias congestionadas como Eduardo Elias Zahran e Costa e Silva. Com a primeira fase quase concluída, a via termina atualmente em uma pastagem, comprometendo o investimento já realizado.

A prefeitura ainda não forneceu uma resposta oficial sobre a situação das indenizações e o andamento dos processos de desapropriação, deixando a comunidade e os envolvidos na obra sem informações claras.