Ex-prefeito de Campo Grande pede revisão de provas e acusa possíveis irregularidades na investigação

O ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PDT), que foi recentemente absolvido das acusações de crimes sexuais, entrou com um novo pedido na Justiça, solicitando a investigação da atuação da delegada responsável pelo caso. Trad acusa a delegada Maíra Pacheco Machado, que estava à frente da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), de omitir e manipular provas cruciais durante a investigação.

Trad pediu a apreensão dos celulares de três supostas vítimas e a abertura de um inquérito para apurar uma possível fraude processual. Segundo ele, a perícia realizada nos celulares dessas vítimas foi incompleta, com informações importantes, como os números dos aparelhos, omitidas. O ex-prefeito acredita que essas informações poderiam comprovar a existência de uma armação política contra ele.

Além das acusações de omissão, Trad afirma que as conversas encontradas em um dos celulares, que ele conseguiu analisar de forma independente, indicam que as vítimas mencionavam figuras influentes do PSDB, partido associado à gestão do governador Reinaldo Azambuja. Trad vê isso como evidência de uma possível manipulação para prejudicar sua candidatura.

A juíza Eucélia Cassal, que absolveu Marquinhos Trad das acusações de favorecimento à prostituição, assédio sexual e importunação sexual, ainda não se pronunciou sobre os novos pedidos. Trad também anunciou que entregará um dossiê à Polícia Federal, alegando ter provas de uma conspiração contra ele.

A situação continua a gerar controvérsia, levantando questões sobre a integridade das investigações e o impacto das disputas políticas nas eleições locais em Mato Grosso do Sul.