Safra de milho em MS registra queda apesar de alívio climático

Mesmo com a recuperação parcial, a produção da segunda safra enfrenta uma redução substancial em relação ao ano passado

A colheita da safrinha de milho em Mato Grosso do Sul avançou para cerca de 80% da área plantada, sendo beneficiada por um frio tardio que evitou perdas ainda maiores. Apesar disso, a produção da safra 2023/2024 enfrenta uma queda significativa de 34,7% em relação ao ano anterior.

A recente frente fria, embora tenha trazido alívio temporário, não conseguiu reverter os efeitos de uma temporada marcada por seca prolongada e temperaturas elevadas. A produtividade do milho safrinha foi reduzida para 69,77 sacas por hectare, representando uma diminuição de 30,7% comparada à safra passada. Além disso, a área plantada sofreu uma redução de 5,82% em relação ao ciclo anterior.

Os períodos de estresse hídrico, especialmente entre março e abril, impactaram severamente a produção, e a colheita foi acelerada devido às condições climáticas adversas. O preço da saca de milho, que subiu para R$ 48,38 até a segunda semana de agosto, ainda reflete uma leve recuperação, mas os produtores enfrentam desafios para atingir a lucratividade, considerando o alto custo de produção.

Até o momento, 30,50% da produção foi comercializada, uma redução em relação ao mesmo período do ano anterior. A chegada do fenômeno La Niña, previsto para os próximos meses, poderá trazer novos desafios para a próxima safra, impactando ainda mais as condições climáticas e a disponibilidade hídrica.