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Oposição reúne assinaturas para impeachment de Moraes; Ministros do STF defendem o magistrado

14 AGO 2024 • POR Redação • 10h34
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Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) manifestaram apoio ao colega Alexandre de Moraes após uma reportagem da Folha de S. Paulo que revelou alegações de uso indevido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para investigar aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a publicação, Moraes teria solicitado de maneira não oficial ao TSE a elaboração de relatórios usados em inquéritos no STF, levantando questões sobre a condução de suas investigações.

Em defesa, ministros do STF destacam que Moraes sempre agiu dentro dos parâmetros legais e que as interações com funcionários do TSE são normais, minimizando comparações com o caso da “Vaza Jato” envolvendo Sérgio Moro. O gabinete de Moraes reiterou que todos os procedimentos foram oficiais, com total documentação e participação da Procuradoria Geral da República.

Em resposta às acusações, a oposição no Congresso Nacional iniciou uma mobilização para apresentar um pedido de impeachment contra Moraes em setembro. A estratégia inclui a coleta pública de assinaturas até o dia 7 de setembro para fortalecer a iniciativa. O senador Eduardo Girão (Novo-CE) informou que o pedido será formalizado no dia 9 de setembro, após a inclusão dos novos elementos divulgados pela Folha.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, indicou que ainda não há elementos suficientes para pautar o pedido de impeachment e sugeriu a necessidade de mais desdobramentos. Atualmente, há mais de 20 pedidos de impeachment contra Moraes na Presidência do Senado. Além disso, o Partido Novo protocolou uma queixa-crime na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Moraes, acusando-o de falsidade ideológica e formação de quadrilha, e pedindo a investigação de seus assessores.

Após a divulgação das denúncias, Moraes demonstrou tranquilidade e recebeu apoio em um evento social, refletindo o espírito de solidariedade entre seus colegas no STF. A expectativa entre seus apoiadores é de que as alegações não afetem suas funções ou os inquéritos em andamento.