Primeiro caso local de Febre Oropouche é confirmado em Itaporã, MS

Homem de 52 anos já se recuperou; SES intensifica medidas de monitoramento e controle

Mato Grosso do Sul registrou seu primeiro caso autóctone de Febre Oropouche, uma doença viral transmitida por mosquitos. O paciente, um homem de 52 anos de Itaporã, já se recuperou. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgou a confirmação nesta quarta-feira (14).

O paciente procurou atendimento médico em Itaporã no dia 4 de abril com sintomas como dor de cabeça e muscular. A amostra de sangue coletada foi inicialmente testada para dengue, zika e chikungunya, com resultados negativos. Subsequentemente, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) confirmou a infecção por Febre Oropouche.

A investigação indicou que o homem não teve contato com áreas de mata fechada e não realizou viagens recentes, sugerindo que a infecção ocorreu localmente. Jéssica Klener Lemos dos Santos, gerente técnica estadual de Doenças Endêmicas da SES, afirmou que o caso representa uma transmissão autóctone, ou seja, originada no mesmo local do diagnóstico.

A Febre Oropouche é causada por um arbovírus e apresenta sintomas semelhantes aos da dengue e chikungunya, como dor de cabeça e muscular. O tratamento é sintomático, com repouso e cuidados adequados.

A SES ressaltou que o caso foi identificado graças às estratégias de vigilância e monitoramento contínuas. Desde junho, o Lacen testou 818 amostras negativas para as arboviroses comuns, com apenas duas confirmando a presença do vírus.

O Brasil tem enfrentado um aumento significativo nos casos de Febre Oropouche, com 7.653 registros em 2024, comparado a 831 em 2023. A Secretaria de Saúde continua a implementar medidas para controlar a disseminação da doença.