Política

Ministros defendem taxação do super-ricos

21 AGO 2024 • POR Redação • 08h50
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A proposta de taxar os super-ricos ganhou destaque durante o encontro preparatório do G20 Social, realizado nesta terça-feira (20) no Rio de Janeiro. Ministros do governo Lula, incluindo Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social), Marina Silva (Meio Ambiente) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência), afirmaram que a medida é essencial para reduzir a desigualdade e combater a fome nos países mais pobres.

A taxação dos super-ricos foi destacada como uma prioridade nas discussões que antecedem a cúpula de chefes de Estado em novembro. A declaração do G20 sobre tributação internacional, divulgada em julho, defende um engajamento cooperativo para garantir que os super-ricos sejam tributados de forma justa, respeitando a soberania tributária dos países.

Marina Silva ressaltou que a taxação pode gerar até US$ 200 bilhões, suficientes para apoiar a transição ecológica global. "A desigualdade é extrema; cerca de 3.000 pessoas detêm recursos que superam em 14 vezes o orçamento do nosso país. A taxação dos super-ricos é crucial para enfrentar a pobreza", afirmou.

O secretário-geral da Presidência, Márcio Macêdo, destacou que a questão está no centro das discussões do G20, com ênfase na necessidade de redistribuição de riqueza. "Apenas 1% da população mundial controla recursos que poderiam alimentar 350 milhões de pessoas", observou.

Wellington Dias acrescentou que o governo brasileiro está dialogando com países da Ásia, União Africana, Liga Árabe e União Europeia sobre a tributação dos mais ricos. "Nosso objetivo é garantir que países desenvolvidos contribuam para reduzir a fome e a pobreza até 2030", disse.