Política

Conflito político complica reeleição de Jerson Domingos no TCE

28 AGO 2024 • POR Redação • 10h01
Reprodução TCE- MS

A eleição para a presidência do Tribunal de Contas do Estado (TCE) está cercada de incertezas, com a reeleição de Jerson Domingos ameaçada por uma crescente animosidade com o PSDB. A situação tornou-se ainda mais complicada após Jerson incluir o candidato tucano a prefeito de Campo Grande, Beto Pereira, na lista de políticos que podem enfrentar inelegibilidade. A decisão foi vista como uma retaliação ao PSDB, liderado por Reinaldo Azambuja, que argumenta que a inclusão de Beto na lista foi uma ação direcionada, já que o nome do candidato não constava em listas anteriores.

A tensão entre Jerson e o PSDB pode ter um impacto direto na eleição para a presidência do TCE, especialmente após o afastamento de conselheiros influentes como Iran Coelho, Ronaldo Chadid e Waldir Neves. Com apenas quatro conselheiros restantes—Jerson Domingos, Flavio Kayatt, Osmar Jerônymo e Márcio Monteiro—, a formação de uma nova chapa para o TCE se torna um desafio. Para que uma chapa seja válida, são necessários três membros: presidente, vice e corregedor.

Atualmente, há uma divisão no tribunal entre os conselheiros apoiados por Reinaldo Azambuja (PSDB)—Flávio Kayatt e Márcio Monteiro—andos apoiadores de André Puccinelli (MDB), Jerson Domingos e Osmar Jerônymo. Puccinelli, que mantém uma relação próxima com Osmar Jerônymo, pode desempenhar um papel crucial na formação da nova composição do TCE. Se Puccinelli conseguir convencer Jerônymo a se aliar a Kayatt e Monteiro, a presidência do TCE poderia ser disputada de forma mais equilibrada, possivelmente favorecendo Osmar Jerônymo.

Atualmente, Puccinelli, que apoia Beto Pereira e mantém uma aliança com o PSDB, está em uma posição delicada. Apesar de seu apoio ao PSDB, Puccinelli também mantém uma relação próxima com Jerson Domingos, o que torna sua posição ainda mais complexa.

Jerson Domingos, que assumiu a presidência do TCE em uma situação emergencial após a prisão de três conselheiros, pode se beneficiar da divisão atual no tribunal, permanecendo como presidente se um consenso não for alcançado. No entanto, ele se aposentará compulsoriamente no próximo ano e já expressou interesse em retomar sua carreira política.

Com o prazo para definição da nova composição do TCE até dezembro, os próximos meses serão cruciais para resolver a disputa e definir o futuro do tribunal. ( Com inf do  Investiga MS)