Justiça

STJ concede liberdade a Antônio Joaquim da Mota, líder do tráfico na fronteira

Tonho, um dos maiores traficantes internacionais da região, tem prisão revogada pelo STJ devido a falhas processuais e irregularidades no processo.

28 AGO 2024 • POR Redação • 12h52
Reprodução

Antônio Joaquim da Mota, conhecido como Tonho, recebeu ordem de soltura do Superior Tribunal de Justiça (STJ) após decisão monocrática do ministro Reynaldo Soares da Fonseca. Preso em fevereiro deste ano em Ponta Porã, Tonho estava detido na Penitenciária Federal em Campo Grande, acusado de envolvimento com o tráfico internacional de drogas.

O STJ concedeu o habeas corpus alegando falhas processuais, como a ausência de intimação da defesa para apresentar contrarrazões ao recurso do Ministério Público. A decisão do ministro invalidou a prisão preventiva e determinou a liberação de Tonho, que agora aguarda novas deliberações legais.

Tonho é pai de Antônio Joaquim Mendes Gonçalves da Mota, também conhecido como Motinha ou Dom, um dos principais líderes de uma organização criminosa dedicada ao tráfico internacional. Sua prisão foi resultado de uma operação da Polícia Federal, com apoio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que encontrou evidências de posse ilegal de armas e outros crimes.

A Polícia Federal ainda não confirmou a execução da decisão do STJ e não recebeu documentos oficiais sobre a soltura de Tonho. O clã Mota, ativo desde a década de 1960, tem histórico de envolvimento em contrabando e tráfico de drogas. Além de Tonho e Motinha, a esposa e filha de Tonho também são investigadas por lavagem de dinheiro.

Motinha, que se tornou um dos principais alvos da Polícia Federal, continua foragido após escapar de uma megaoperação em junho de 2023. A busca por ele e o acompanhamento das investigações seguem em curso.