Cidades

Tensão em Ribas do Rio Pardo leva empresa e sindicato a embate judicial

A empresa, que opera uma plantação de eucalipto na propriedade, busca na Justiça evitar uma nova invasão de sem-terra

3 SET 2024 • POR Redação • 08h19
Reprodução

O conflito em torno de uma fazenda, de propriedade da Suzano S.A.em Ribas do Rio Pardo gerou uma disputa judicial entre uma grande empresa de celulose e o sindicato dos trabalhadores rurais do município, situado a 93 quilômetros de Campo Grande. A empresa, que opera uma plantação de eucalipto na propriedade, busca na Justiça evitar uma nova invasão de sem-terra, temendo a repetição de incidentes passados.

A companhia acusa o líder sindical de ser o responsável pelo movimento de sem-terra que está acampado em frente à fazenda. Em sua defesa, o sindicato negou qualquer envolvimento com o grupo, afirmando que não há provas concretas para sustentarem essa alegação e contestou judicialmente as acusações.

Segundo a empresa, o líder sindical mediou uma retirada de invasores após uma ocupação anterior, o que, na visão da companhia, indica sua liderança no movimento. A empresa também alerta para o risco de uma nova invasão, já que o grupo continua acampado nas proximidades da propriedade.

A disputa também envolve o valor atribuído à causa judicial. Enquanto a empresa estimou o valor em R$ 50 mil, o sindicato defende que o montante deveria ser equivalente ao valor da propriedade, que seria de aproximadamente R$ 3 milhões.

Apesar da concessão de uma liminar pelo juiz responsável em junho, o acampamento em frente à fazenda permanece, com cerca de 60 barracos de sem-terra instalados no local.

Esse impasse ocorre em meio à recente inauguração de uma nova planta de celulose na região, considerada a maior do mundo em operação, com capacidade para processar 2,55 milhões de toneladas por ano. A inauguração, originalmente prevista para junho, foi adiada devido a problemas com contratados durante a construção.