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Corumbá fica fora do radar da Petrobras para nova fábrica de fertilizantes

4 SET 2024 • POR Redação • 09h36
Reprodução (portal de Corumbá)

Apesar das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a negociação para construir uma fábrica de fertilizantes na fronteira entre Corumbá, Mato Grosso do Sul, e Porto Quijarro, na Bolívia, a Petrobras não tem planos de investir em novas unidades fabris nos próximos anos. De acordo com informações obtidas, a estatal está focada na reativação de plantas já existentes que estão atualmente hibernadas, sem previsão de expansão com novas fábricas.

A possível instalação de uma fábrica em Corumbá foi inicialmente mencionada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) durante um encontro em outubro de 2023, onde o ministro Carlos Fávaro discutiu o tema com autoridades bolivianas. Mais recentemente, em julho de 2024, Lula reiterou o interesse na cooperação com a Bolívia para reduzir a dependência brasileira de fertilizantes importados, destacando a importância estratégica dessa parceria para a segurança alimentar do país.

Entretanto, a Petrobras mantém seu foco na reativação de plantas como a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3) em Três Lagoas, também em Mato Grosso do Sul. As obras da UFN3, paralisadas desde 2014, estão em processo de auditoria para estabelecer um novo cronograma, com previsão de retomada para 2025. A conclusão dessa unidade é considerada crucial para diminuir a importação de fertilizantes nitrogenados no Brasil.

O Plano Nacional de Fertilizantes, lançado em 2022, permanece como a principal estratégia do governo federal para reduzir a dependência de insumos importados, buscando promover o desenvolvimento sustentável do agronegócio brasileiro até 2050. A reativação da UFN3 é vista como uma peça fundamental nesse plano, com potencial para diminuir a importação de fertilizantes em até 30% quando a unidade estiver em plena operação.