Cidades

Queimadas forçam fechamento de escolas e afetam saúde de milhares em MS

Com a fumaça cobrindo o estado e a umidade do ar em níveis alarmantes, 18 mil alunos ficam sem aula, enquanto a poluição do ar atinge níveis críticos em várias cidades.

13 SET 2024 • POR Redação • 17h26
Portal GovMS

Os incêndios devastadores no Pantanal e nas regiões vizinhas têm provocado uma crise ambiental sem precedentes em Mato Grosso do Sul, forçando a suspensão das aulas para 18.100 estudantes. A intensa fumaça e a combinação de ventos fortes com umidade do ar extremamente baixa estão tornando o ambiente insalubre e dificultando o combate às chamas.

A Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estão intensificando suas ações na região. O Ibama enviou uma meteorologista a Corumbá, um dos pontos mais críticos, para ajudar a avaliar as condições climáticas e melhorar as estratégias de combate aos incêndios.

A qualidade do ar em Mato Grosso do Sul está alarmantemente baixa. Em Corumbá, a poluição atingiu níveis cerca de 25 vezes acima dos recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Campo Grande também está enfrentando problemas graves, com os níveis de poluentes atingindo o pior patamar do ano, registrando 156 microgramas de poluentes por metro cúbico, muito acima dos 10 microgramas considerados seguros.

Diante da situação crítica, as escolas foram obrigadas a fechar em várias cidades, e a Secretaria de Educação de Corumbá suspendeu as aulas de sexta-feira. Foram emitidas orientações para manter os alunos em ambientes fechados, promover a hidratação e evitar atividades ao ar livre. A situação é especialmente preocupante para as crianças, que estão sofrendo com dificuldades respiratórias e agravamento de condições como rinite e sinusite devido à fumaça.

A crise não se limita ao Brasil. Na Bolívia, os incêndios na fronteira já devastaram quatro milhões de hectares de floresta, forçando o governo a declarar estado de emergência e evacuar cerca de 700 famílias. Brigadistas brasileiros estão colaborando no combate ao fogo para proteger a Serra do Amolar, um importante santuário da biodiversidade.

A previsão é de que as condições comecem a melhorar a partir de domingo (15), trazendo um alívio gradual para a região. Entretanto, a população continua a enfrentar desafios significativos enquanto as autoridades trabalham para mitigar os impactos e proteger a saúde pública.