Exportação de sêmen bovino para Corte aumenta 13% no 1.º semestre de 2023, impulsionando o seto
Dados da Associação Brasileira de Inseminação Artificial revelam crescimento expressivo, totalizando 2,3 milhões de doses
26 AGO 2023 • POR Redação • 10h00O mercado de genética bovina brasileira registrou um avanço significativo no primeiro semestre de 2023, especialmente na exportação de sêmen bovino com aptidão para corte, que apresentou um aumento de 13% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os dados foram apresentados pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), por meio do Index Asbia, um relatório estatístico elaborado pelo Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea).
Esse crescimento foi bem recebido pela diretoria da Asbia, que destacou a crescente demanda internacional pela genética bovina de corte produzida no Brasil. Os principais destinos dessas exportações são países vizinhos, como Bolívia, Paraguai e Colômbia, sendo este último historicamente importador da genética bovina com aptidão leiteira do Brasil. Cristiano Botelho, executivo da Asbia, enfatizou que o interesse global na bovinocultura de corte brasileira ressalta o progresso das raças tropicais, como o Nelore, na produção de carne de alta qualidade em quantidade suficiente para atender às necessidades alimentares globais.
No primeiro semestre de 2023, aproximadamente 2,3 milhões de doses de sêmen foram importadas, enquanto a produção total atingiu cerca de 8,3 milhões de doses. As vendas diretas para clientes finais totalizaram 9,2 milhões de doses de sêmen, abrangendo tanto a aptidão para pecuária leiteira quanto para corte. Além disso, cerca de 408 mil doses de material genético com aptidão para pecuária leiteira e de corte foram exportadas.
O destaque vai para o aumento de 13,6% nas exportações de genética bovina com aptidão para corte, que representa um incremento de 25.459 doses enviadas para o exterior nos primeiros seis meses de 2023 em comparação ao mesmo período do ano anterior. O total de doses exportadas nesse segmento foi de 211.768, em comparação a 186.309 em 2022.
No cenário da pecuária leiteira, o estudo do Cepea mostrou um aumento de 4,2% nas importações em relação ao primeiro semestre de 2022, representando um acréscimo de 66 mil doses importadas. Além disso, as vendas para o cliente final apresentaram um cenário positivo, indicando o interesse dos produtores em adquirir doses para reprodução e aprimoramento de seus rebanhos. A produção total de material genético de bovinos com aptidão para a atividade leiteira foi um pouco superior a 1 milhão de doses, sendo que 197 mil doses foram exportadas.