A avó do bebê de dois anos, brutalmente espancado em Campo Grande, foi ouvida pelo Conselho Tutelar em meio a um cenário desolador. A criança, internada em estado gravíssimo na Santa Casa da cidade, tornou-se vítima da violência perpetrada pelo próprio padrasto e mãe, esta última atualmente detida pelo crime.
A oitiva da avó ocorreu para avaliar a possibilidade de ela continuar a cuidar da neta de quatro anos, irmã da vítima, enquanto a mãe permanece sob custódia. Além disso, os filhos mais velhos da avó, de 14 e 10 anos, também foram ouvidos, visando a avaliação de possíveis sinais de violência.
O quadro clínico do bebê é descrito como irreversível, com lesões graves no crânio, pulmão, fígado e líquido no abdômen, resultantes do violento episódio. A avó, agora única responsável pelo suporte às crianças, enfrenta desafios em uma casa de dois cômodos, onde a neta divide uma cama com a filha mais velha.
As versões apresentadas pela mãe e padrasto, inicialmente alegando uma queda acidental, foram questionadas pelas autoridades. O casal, que vive em condições precárias nas ruas da capital, acionou o Samu sob a justificativa de uma queda, mudando a história posteriormente para uma suposta queda do muro da casa invadida pela família.
Ambos estão detidos preventivamente desde a última quinta-feira (1°), com a previsão de permanecerem sob custódia pelos próximos 30 dias.
