sábado, 21 setembro 2024

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há 7 meses

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Braga Netto ordenou pressão sobre chefes do Exército e da Aeronáutica por golpe, revela PF

Atualizado: há 7 meses

Redação

O general Walter Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022, foi apontado por mensagens de WhatsApp obtidas pela Polícia Federal como o responsável por instruir militares a pressionarem os comandantes do Exército e da Aeronáutica a aderirem a uma tentativa de golpe militar.

As mensagens revelam que o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, e Carlos Baptista Júnior, ex-chefe da Aeronáutica, estavam cientes sobre uma minuta de decreto golpista entregue a Bolsonaro, porém, relutavam em apoiar o plano.

Trocas de mensagens entre Braga Netto e o militar Ailton Barros, amigo de Bolsonaro, datadas de 14 de dezembro de 2022, mostram o tom ameaçador utilizado. Braga Netto encaminhou a Barros um texto culpando Freire Gomes pela situação, ao que Barros respondeu sugerindo oferecer a cabeça do general aos leões. Braga Netto concordou com a ideia, chamando Freire Gomes de "cagão".

Em outro trecho da conversa, Braga Netto orientou que Baptista Júnior fosse alvo de ataques públicos, chamando-o de "traidor da pátria". Ele ainda sugeriu elogiar o então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier, indicando que este estaria alinhado com o golpe.

Segundo a PF, as mensagens trocadas entre Braga Netto e Barros evidenciam que Garnier teria concordado com o golpe militar e colocado as tropas à disposição de Bolsonaro para avançar com o plano.

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