Dois atos brutais de feminicídio em uma única noite (22), no Jardim Centenário e outro no Bairro Nova Campo Grande chocaram a comunidade local. Estes casos somam-se ao trágico registro de feminicídios em Mato Grosso do Sul, totalizando 10 ocorrências nos primeiros três meses deste ano, conforme dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
No Jardim Centenário, por volta das 18h, Renata Andrades de Campos Widal, 39 anos, foi vítima de uma violência inominável. Agredida com socos, golpeada com pedras e brutalmente degolada por seu próprio irmão, de 36 anos, na rua Vila Bela, onde ambos residiam. O agressor, sob efeito de substâncias químicas e em tratamento, inicialmente alegou uma invasão à residência, porém, diante das evidências e lesões em suas mãos, acabou por confessar o hediondo crime. Após o ato, tomou banho e trocou de roupa, sendo prontamente detido pela equipe policial e encaminhado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Campo Grande.
No mesmo intervalo de tempo, outra tragédia se desenrolava no Bairro Nova Campo Grande. Dayane Xavier da Silva, 29 anos, foi esfaqueada na virilha por um homem de 38 anos, na Rua 34. Após uma discussão em uma conveniência, o casal prosseguiu o desentendimento em casa, culminando no ato de extrema violência. Gravemente ferida, Dayane foi socorrida e encaminhada à Santa Casa de Campo Grande, porém não resistiu aos ferimentos.
Este trágico episódio lança luz sobre uma realidade alarmante. Em 2023, 30 mulheres foram vítimas de feminicídio no estado, marcando um aumento preocupante em relação aos anos anteriores.
O serviço Ligue 180 oferece atendimento qualificado e encaminhamento de denúncias de violência contra a mulher, funcionando 24 horas por dia, todos os dias da semana. Além disso, a Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande, que completou 8 anos em 2023, desempenha um papel crucial ao oferecer acolhimento, apoio psicossocial, e acesso a serviços como delegacias e Ministério Público.
