domingo, 22 setembro 2024

Polícia

há 10 meses

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MS na linha de frente: Operações policiais desvendam redes do tráfico internacional de drogas

No mais recente desdobramento dessas ações, a Operação Catarge foi deflagrada contra membros de um grupo criminoso atuante em Ponta Porã.

Atualizado: há 10 meses

Redação

Em uma série de operações recentes, a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) têm exposto as intricadas rotas do tráfico de drogas que têm como ponto de origem países fronteiriços a Mato Grosso do Sul. No mais recente desdobramento dessas ações, a Operação Catarge foi deflagrada, culminando na emissão de dois mandados de prisão contra membros de um grupo criminoso atuante em Ponta Porã.

A investigação revelou que a droga ingressava no Brasil por meio de caminhões bitrens, partindo de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, em direção a Ponta Porã. De lá, os entorpecentes eram transportados até a região metropolitana de Florianópolis, em Santa Catarina, onde eram armazenados. Posteriormente, a droga era distribuída para diversos estados da Região Sul do país.

A Operação Catarge não se restringiu a Ponta Porã, estendendo-se também a Porto Alegre (RS), Mossoró (RN) e quatro cidades catarinenses: Palhoça, São José, Imbituba e Xanxerê. Ao todo, foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão e 29 mandados de prisão nos estados envolvidos.

O delegado da Polícia Federal, Israel Castillo, destacou que a investigação teve início com a prisão e apreensão de um caminhão bitrem na Grande Florianópolis, transportando aproximadamente 24 toneladas de maconha. Com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, desvendou-se o modus operandi da organização criminosa, desde a transposição da droga pela fronteira até o seu deslocamento de Ponta Porã para Florianópolis.

As ações resultaram na apreensão de impressionantes 100 toneladas de maconha ao longo da operação, com oito indivíduos presos por transporte efetivo das drogas ou atuando como batedores. A operação revelou detalhes do esquema de armazenamento, contabilidade e distribuição da droga em larga escala, incluindo a identificação de operadores financeiros e o uso de "laranjas" para ocultar a origem dos bens.

Os crimes imputados aos investigados incluem tráfico transnacional de drogas, organização criminosa, tráfico de armas e lavagem de dinheiro, podendo resultar em penas que somam até 30 anos de prisão, segundo a PF.

Além da Operação Catarge, outras ações recentes como a Operação Entrepostos, Operação Rota do Crime 2 e Operação Mato Seco destacam a amplitude do tráfico de drogas no país, envolvendo esquemas interestaduais complexos. A colaboração entre as polícias civis de diferentes estados tem sido crucial para desmantelar essas organizações criminosas, expondo rotas que se estendem desde a fronteira com o Paraguai até destinos distantes como o norte do Paraná e o estado da Bahia.

Ainda, a Operação Ardea Alba, com apoio do Exército Brasileiro, visou desarticular uma quadrilha que utilizava aviões para transportar cocaína da Bolívia para o Brasil, abrangendo os estados de Mato Grosso do Sul, Bahia e São Paulo. A ação resultou na prisão de 12 pessoas e na apreensão de 2.645 kg de cocaína, revelando a extensão das operações ilícitas por diferentes modais de transporte.

 

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