Uma investigação conduzida pela Polícia Federal (PF) revelou que o Coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, que comandou o 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado - Regimento Antônio João (10º R C Mec), em Bela Vista, teria participado ativamente da articulação de um golpe de Estado. O militar, que já havia sido preso durante a operação Tempus Veritati em 2019, é agora apontado como um dos principais articuladores de uma tentativa de subverter a ordem democrática no Brasil.
Segundo informações levantadas pela investigação, Romão Corrêa Neto teria participado de uma reunião realizada em Brasília, após o segundo turno das eleições de 2022, onde teria sido discutida a possibilidade de um golpe de Estado. Nesse encontro, que contou com a presença de assistentes de generais e outros oficiais, teria sido elaborada uma carta destinada ao comandante do Exército, com o intuito de pressioná-lo a aderir ao golpe.
Além disso, Romão Corrêa Neto é apontado como integrante do chamado "gabinete do ódio", responsável por disseminar notícias falsas e questionar a lisura do processo eleitoral brasileiro por meio das redes sociais. A investigação também encontrou indícios de que o militar estaria tentando evitar investigações, tendo sido enviado para realizar um curso nos Estados Unidos até julho de 2025, supostamente como uma tentativa de escapar das consequências legais de suas ações.
Diante dessas revelações, a PF pedirá o indiciamento de Romão Corrêa Neto e de outros integrantes do governo Bolsonaro pelo crime de atentado à soberania nacional, conforme previsto na Lei nº 14.197. As investigações continuam em andamento para esclarecer todos os detalhes desse suposto plano golpista e identificar todos os envolvidos.
