sexta, 20 setembro 2024

Polícia

20/05/2024 10:28

A+ A-

Operação da PF revela esquema internacional de tráfico de cocaína com rota de MS aos EUA

O esquema envolvia a aquisição da droga de narcotraficantes colombianos e o transporte por meio de aeronaves.

Atualizado: 20/05/2024 10:42

Redação

A Polícia Federal está investigando uma quadrilha com supostos vínculos em Mato Grosso do Sul que estaria traficando cocaína para os Estados Unidos. A investigação foi iniciada após a detecção de uma movimentação financeira suspeita por parte de empresas de fachada e de doleiros paraguaios na região de Ponta Porã.

Segundo as autoridades, essa organização criminosa teria enviado pelo menos seis toneladas de cocaína para países da América Central, como Honduras e Guatemala, em três voos identificados entre 2018 e 2021. A polícia acredita que essa quantidade significativa de drogas tinha como destino final o mercado norte-americano, embora essa parte ainda esteja sendo investigada.

O esquema envolvia a aquisição da droga de narcotraficantes colombianos e o transporte por meio de aeronaves. Os voos partiam de Mato Grosso ou de Tocantins com destino à Venezuela, de onde a cocaína era carregada para seguir para os Estados Unidos. Os pilotos, ao retornarem, não o faziam com as aeronaves usadas no transporte da droga, mas sim em voos comerciais vindos de países da América Central, como Honduras e Guatemala.

O líder dessa quadrilha, de acordo com as investigações, era um ex-piloto que anteriormente trabalhava para outros traficantes de drogas. Ele era responsável pela logística das operações, incluindo a contratação de pilotos e a obtenção de aeronaves adequadas para o transporte da droga. Esse indivíduo, que também estava envolvido em lavagem de dinheiro em Mato Grosso do Sul, foi preso em sua cidade natal em Goiás.

Além disso, a Polícia Federal identificou que o chefe da quadrilha já teria trabalhado como piloto para outros traficantes conhecidos. Entre eles está Jarvis Chimenes Pavão, um paraguaio conhecido como "Barão das Drogas" e que já teve associação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Pavão, que ficou preso em Assunção até 2017, é descrito como perigoso e é mencionado em trocas de mensagens do investigado como alguém a ser evitado.

A operação da Polícia Federal, denominada "Sordidum", teve início após a identificação do grupo na região de Ponta Porã, que movimentava valores suspeitos por meio de empresas de fachada. 

Carregando Comentários...

Veja também