A crescente tensão entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) está transformando Mato Grosso do Sul em um campo de batalha pelo controle da lucrativa rota do narcotráfico na região. A disputa por essa área estratégica, atravessada por rodovias que facilitam o transporte de drogas, é alimentada pela extensa fronteira com o Paraguai e a Bolívia, tornando o estado um ponto de interesse para traficantes e contrabandistas.
O PCC, originário de São Paulo, conseguiu estabelecer sua presença em Mato Grosso do Sul ao longo dos anos, enquanto o CV, vindo do Rio de Janeiro, manteve interesses na região do Mato Grosso. No entanto, a recente incursão do CV em Sonora desencadeou confrontos violentos, resultando em pelo menos seis mortes atribuídas ao embate entre as facções.
Essa disputa não se restringe apenas a confrontos diretos entre membros das facções, mas também se manifesta em assassinatos relacionados a pontos de venda de drogas, como observado em Campo Grande. As autoridades têm realizado operações para conter a escalada da violência, mas os especialistas alertam que novos confrontos são prováveis, dadas as ambições econômicas das facções e a importância estratégica de Mato Grosso do Sul no tráfico de drogas.
A expansão do PCC na região remonta à década de 90, quando líderes da facção foram transferidos para o estado, iniciando sua disseminação para outros estados brasileiros. O PCC se fortaleceu ao longo dos anos, estabelecendo uma estrutura organizacional sólida e exercendo controle sobre as rotas de drogas, como a proveniente da Bolívia, vital para suas operações.
A rota da Bolívia, representa um dos alvos principais do PCC, que busca monopolizar o comércio de drogas.