sábado, 21 setembro 2024

Polícia

30/01/2024 09:59

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PF desmantela quadrilha de fraudes bancárias no exterior

O grupo utilizava malwares, programas de computador maliciosos, para realizar suas atividades ilícitas, movimentando pelo menos 3,6 milhões de euros desde 2019.

Atualizado: 30/01/2024 10:04

Redação

A Polícia Federal brasileira deflagrou a Operação Grandoreiro, visando desarticular um grupo responsável por aplicar golpes de fraudes bancárias eletrônicas no exterior. O grupo utilizava malwares, programas de computador maliciosos, para realizar suas atividades ilícitas, movimentando pelo menos 3,6 milhões de euros desde 2019.

De acordo com informações obtidas junto ao Caixa Bank, instituição financeira espanhola, os prejuízos provocados pelo grupo podem chegar a expressivos 110 milhões de euros. A investigação teve início a partir de dados fornecidos pelo Caixa Bank, que identificou que os programadores e operadores do malware estariam sediados no Brasil. Os criminosos utilizavam servidores em nuvem para hospedar a infraestrutura usada nas campanhas do malware Grandoreiro.

O programa malicioso Grandoreiro operava como um sistema de comando e controle, permitindo acesso remoto aos computadores das vítimas. Isso proporcionava ao grupo criminoso a capacidade de realizar furtos de maneira cibernética. Cinco mandados de prisão temporária e 13 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em estados brasileiros como São Paulo, Santa Catarina, Pará, Goiás e Mato Grosso.

A PF informou que também estão sendo executadas ordens judiciais de apreensão e bloqueio de bens e valores, com o objetivo de descapitalizar a estrutura criminosa e recuperar os ativos. A ação contou com a colaboração da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) e a cooperação internacional da Polícia Nacional da Espanha. A força-tarefa Tentáculos, envolvendo a PF e instituições bancárias, participou da investigação para reprimir fraudes bancárias eletrônicas.

Os criminosos eram identificados através de técnicas como phishing, que envolviam o envio de e-mails contendo mensagens maliciosas. Estas mensagens induziam as vítimas a acreditar que se tratava de informações oficiais, como intimações judiciais, cobranças de faturas vencidas, notas fiscais, entre outros. Ao abrir anexos ou clicar em links de download de arquivos maliciosos, os programas eram executados em segundo plano, tornando os computadores das vítimas vulneráveis. Os valores eram, então, direcionados para contas de pessoas que emprestavam indevidamente suas contas para a movimentação dos valores ilícitos.

A PF destacou que, com a comprovação das suspeitas, os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado mediante fraude em ambiente cibernético, invasão de dispositivo informático e lavagem de dinheiro. .(com inf do G1)

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