domingo, 22 setembro 2024

Polícia

24/10/2023 08:55

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Polícia Federal desmantela quadrilha de estelionatários que atuava em PED

Grupo agia a partir da Penitenciária Estadual de Dourados e utilizava perfis falsos de agentes federais para vender produtos supostamente apreendidos pela Receita Federal.

Atualizado: 24/10/2023 09:22

Redação

Nesta terça-feira (24), a Polícia Federal desencadeou a operação "Fake ID PF" com o objetivo de desmantelar uma quadrilha de estelionatários que operava a partir da Penitenciária Estadual de Dourados (PED). O grupo, que também contava com o apoio de criminosos em liberdade, utilizava identidades falsas, atribuindo nomes e fotos de policiais federais e agentes da Receita Federal do Brasil, para comercializar produtos supostamente apreendidos. A investigação revelou que o esquema criminoso tinha alcance em todo o território nacional.

A ação criminosa teve início com a detecção de perfis em redes sociais, onde os golpistas usavam imagens de agentes federais para oferecer produtos supostamente apreendidos pela Receita Federal. Dentre os itens comercializados, eletrônicos de alto valor se destacavam.

A Polícia Federal apurou que a utilização de emblemas da Polícia Federal e o nome da Receita Federal visava dar uma aparência de credibilidade aos potenciais compradores. Durante as investigações, ficou evidente a participação de um detento atualmente na PED, embora o nome desse indivíduo não tenha sido divulgado. Durante as buscas, foram encontrados facas artesanais e aparelhos celulares na cela do detento. Além disso, outros membros da organização criminosa eram responsáveis por falsificar documentos funcionais da Polícia Federal e divulgar os produtos em redes sociais, enquanto outros se encarregavam de receber os valores das vendas por meio do sistema de pagamento PIX.

Na tentativa de convencer as vítimas da legalidade das transações, os criminosos alegavam que os lucros obtidos com a venda dos produtos seriam destinados a instituições de caridade.

As principais acusações que pesam sobre os envolvidos incluem estelionato, falsificação de documentos públicos, uso de documentos falsos e associação criminosa, podendo surgir outras acusações à medida que a investigação avance. Somadas, as penas relacionadas a esses crimes podem atingir até 20 anos de prisão. A denominação da operação faz alusão à utilização, pelos estelionatários, de identidades falsas de agentes da Polícia Federal.

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