sexta, 20 setembro 2024

Polícia

24/03/2024 08:54

A+ A-

Polícia Federal prende suspeitos do assassinato de Marielle Franco, após delação premiada de Lessa

A possível motivação no assassinato de Marielle seria a expansão da milícia como pano de fundo

Atualizado: 24/03/2024 09:15

Redação

Na manhã deste domingo, uma operação coordenada entre a Polícia Federal (PF), a Procuradoria Geral da República (PGR) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) culminou na prisão de três indivíduos suspeitos de serem os mandantes do brutal assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018. A ação foi desencadeada após a delação do ex-policial Ronnie Lessa, apontado como o executor do crime. 

Os presos foram identificados como Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão, deputado federal pelo pelo União Brasil, no Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do estado. que teria prometido impunidade aos criminosos. Ele assumiu o cargo um dia antes do atentado contra a vereadora, em março de 2018. Os mandados de prisão preventiva foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A operação, batizada de "Murder, Inc.", teve início após a delação do ex-policial Ronnie Lessa, apontado como executor do crime. Além da prisão dos suspeitos, foram realizados 12 mandados de busca e apreensão, incluindo na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado.

O delegado Giniton Lages, que liderou as investigações sobre o assassinato à época, e Marcos Antônio de Barros Pinto, um de seus principais subordinados, estão entre os alvos dos mandados de busca e apreensão. Ambos foram afastados de suas funções atuais por determinação do ministro Alexandre de Moraes.

A esposa de Rivaldo Barbosa, Erica de Andrade Almeida Araújo, também teve sua residência alvo de busca e apreensão, com seus bens bloqueados e a suspensão das atividades comerciais de sua empresa, que é investigada pela PF por suspeita de lavagem de dinheiro.

Os presos serão encaminhados para Brasília e transferidos para uma penitenciária federal, enquanto as investigações prosseguem para esclarecer os motivos e as circunstâncias que levaram ao brutal assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.

Segundo informações da Globo News, os investigadores também estão averiguando possíveis envolvimentos em outros crimes, como organização criminosa e obstrução de justiça.

Motivação:

As investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco apontam para uma possível conexão com a expansão territorial das milícias no Rio de Janeiro. Segundo informações preliminares, a motivação do crime estaria ligada aos interesses desses grupos criminosos em ampliar sua influência na região.

Ronnie Lessa, ex-policial militar e um dos executores do crime, já está detido desde 2019 e forneceu detalhes importantes em sua delação premiada. Segundo Lessa, os mandantes do assassinato fazem parte de um grupo político poderoso no estado, com diversos interesses em diferentes setores.

 

 

Carregando Comentários...

Veja também