Os policiais civis de Mato Grosso do Sul iniciam uma paralisação de 24 horas nesta quinta-feira (19), das 8h de hoje até as 8h de sexta-feira (20). O movimento é uma resposta ao que consideram o descumprimento de promessas de melhorias salariais feitas pelo governo estadual. Durante a paralisação, apenas atendimentos emergenciais, como flagrantes, medidas protetivas e casos envolvendo crianças e idosos, serão realizados nas delegacias.
A mobilização é organizada pelo Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), que vem realizando manifestações desde o final de agosto, em busca de uma negociação mais efetiva com o governo. A principal reivindicação da categoria é um reajuste salarial de 69%, além de melhorias nas condições de trabalho e novos benefícios.
Atualmente, os policiais civis afirmam ter o 19º pior salário do país. Eles pedem que o salário inicial seja elevado de R$ 5 mil para R$ 6,5 mil e reivindicam o pagamento de um auxílio-saúde de R$ 2 mil mensais, similar ao que é oferecido aos delegados.
Além das demandas salariais, a categoria aponta um déficit de 900 profissionais, entre investigadores e escrivães, o que estaria sobrecarregando os 1,6 mil policiais atualmente em atividade. Segundo o Sinpol, seriam necessários 2,5 mil profissionais para atender à demanda do Estado.
O presidente do Sinpol-MS, Alexandre Barbosa, convocou todos os policiais civis, filiados ou não, a aderirem ao movimento e cobra uma resposta imediata do governo. A manifestação da categoria acontece a partir das 7h30 em frente à Depac Centro (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), na Rua Padre João Crippa, em Campo Grande.
