No dia 24 de dezembro de 2022, véspera de Natal, Brasília foi palco de um incidente grave quando bolsonaristas tentaram explodir um caminhão-tanque com uma bomba no Aeroporto Internacional. O plano, que visava causar comoção social e justificar uma intervenção militar, foi por pouco evitado devido a uma falha no detonador.
Na manhã daquele dia, um caminhão-tanque carregado com 60 mil litros de querosene de aviação estava prestes a adentrar a área do terminal com a bomba acoplada. A ação teria ocorrido simultaneamente ao movimento intenso de famílias desembarcando e embarcando para celebrar o Natal com seus entes queridos em outros estados e países.
A tentativa criminosa, motivada pela insatisfação com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, foi liderada por bolsonaristas, incluindo Wellington Macedo de Souza, George Washington de Oliveira Souza e Alan Diego dos Santos Rodrigues. O plano consistia em provocar o caos no país para desencadear a decretação de estado de sítio e intervenção militar, com a intenção de impedir a posse de Lula.
A ação foi descoberta graças à atenção do motorista do caminhão e exigiu a mobilização de equipes da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Federal e Polícia Civil. O esquadrão antibomba conseguiu desativar o explosivo, evitando uma tragédia.
George Washington de Oliveira Sousa foi o primeiro a ser preso, revelando em depoimento seu preparo para a violência. Ele alegou estar pronto para "matar ou morrer" e expressou sua disposição de "pegar em armas para derrubar o comunismo". Os outros dois envolvidos, Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza, foram presos posteriormente.
Os três foram condenados pela Justiça em janeiro, com penas que variam de 5 a 9 anos de prisão. Além das sentenças, enfrentam uma ação civil pública movida pela Advocacia-Geral da União (AGU) que busca uma indenização de R$15 milhões.
