Mato Grosso do Sul mantém sua posição como a principal porta de entrada de drogas no Brasil, enfrentando desafios significativos no combate ao tráfico. Dados recentes da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) revelam que, somente neste ano, o Estado registrou a apreensão de 18,456 toneladas de cocaína, um aumento notável de 10,5% em relação ao ano anterior.
A localização estratégica do estado, fazendo fronteira com países produtores de drogas como Bolívia e Paraguai, coloca Mato Grosso do Sul em uma posição vulnerável para a atuação de organizações especializadas em tráfico de drogas. A quantidade apreendida de cocaína, embora alarmante, reflete o intenso trabalho das autoridades na contenção dessas atividades ilegais.
Em contrapartida, houve uma queda de 19,5% na apreensão de maconha, indicando uma dinâmica complexa e mutável nas operações do tráfico. O desafio para as autoridades locais não se limita apenas à quantidade de drogas apreendidas, mas também à necessidade de inovação nas estratégias de combate ao crime organizado.
O coronel Renato Garnes, comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, destaca a importância da colaboração entre as equipes de inteligência e o Departamento de Operações de Fronteira (DOF) como um diferencial na eficácia das operações. Essas forças de segurança agem proativamente, utilizando recursos de inteligência para identificar e interromper as rotas do tráfico, desarticulando as organizações criminosas.
Operações recentes, como a Égide II da Polícia Federal, que investiga o tráfico de armas e drogas, e a Downfall, que desarticulou uma organização que exportava cocaína para países europeus, evidenciam a complexidade e a diversidade das ações do crime organizado na região. O governo federal também decretou a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em portos, aeroportos e fronteiras do Rio de Janeiro e reforçou a segurança nas fronteiras de Mato Grosso do Sul.
