sexta, 20 setembro 2024

Política

há 2 meses

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Assembleia Legislativa pressiona CNJ para decisão sobre conselheiros do TCE-MS

Disputa pela vaga de Waldir Neves intensifica interesse político; Paulo Corrêa e Márcio Fernandes já se posicionam como candidatos

Atualizado: há 2 meses

Redação

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul está pressionando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para acelerar o julgamento dos conselheiros afastados do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS). A demora do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em decidir se os conselheiros Waldir Neves, Iran Coelho das Neves e Ronaldo Chadid se tornarão réus por crimes como peculato, fraude em licitação e corrupção tem gerado frustração e aumentado o interesse pela vaga de Waldir Neves. A Corte de Contas, atualmente operando com apenas quatro dos seus sete conselheiros, enfrenta dificuldades para atender às demandas dos prefeitos e da sociedade.

Waldir Neves, único dos conselheiros afastados que entrou na corte por indicação política, pode ter sua vaga aberta caso seu afastamento seja prorrogado ou ele antecipe sua aposentadoria devido às denúncias. Dois deputados estaduais, Paulo Corrêa (PSDB) e Márcio Fernandes (MDB), já manifestaram interesse na posição. Corrêa conta com o apoio do sistema S, enquanto Fernandes é bem visto entre seus colegas. Ambos preferem um cargo no TCE-MS a disputar a reeleição em 2026.

Ontem, o deputado Coronel David (PL), presidente da Comissão Temporária de Acompanhamento de Inquérito dos Conselheiros Afastados do TCE-MS, enviou um ofício ao presidente do CNJ, ministro Luis Felipe Salomão. No documento, David destacou que as denúncias contra os conselheiros ainda não foram recebidas, e mencionou os sete adiamentos na sessão que votaria a admissibilidade do processo contra Ronaldo Chadid.

Os conselheiros enfrentam acusações sérias que dificultam seu retorno ao cargo antes do julgamento. Waldir Neves e Iran Coelho das Neves são acusados de peculato e fraude em licitação, enquanto Ronaldo Chadid enfrenta acusações de corrupção e lavagem de dinheiro. Chadid teria recebido dinheiro para julgar favoravelmente um processo envolvendo a Solurb e a prefeitura de Campo Grande, sendo encontrado com mais de R$ 1 milhão em dinheiro vivo. Neves e Iran são acusados de desviar dinheiro público através de contratos com uma empresa de informática.

Enquanto aguarda a definição do STJ, a Assembleia Legislativa já se movimenta para possíveis negociações políticas em torno da vaga de Waldir Neves. Com uma indicação prevista apenas para 2026, relacionada à aposentadoria do atual presidente Jerson Domingos, os deputados Paulo Corrêa e Márcio Fernandes começam a se posicionar para uma eventual nova vaga no TCE-MS.

 

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