sexta, 20 setembro 2024

Política

09/04/2024 09:34

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Com placar de 3 a 1, juízes votam contra cassação de Moro, e julgamento no TRE é suspenso

Se condenado, Moro perderia o mandato e se tornaria inelegível a partir de 2022, além de resultar em novas eleições para a cadeira do Senado.

Atualizado: 09/04/2024 10:01

Redação

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná prosseguiu nesta segunda-feira (8) com o julgamento que poderá resultar na cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil) por suposto abuso de poder econômico ligado à campanha de 2022. Após mais dois juízes se manifestarem neste terceiro dia de julgamento, o placar atual está em 3 a 1 contra a cassação da chapa, com um total de sete juízes votantes. A continuação da análise do caso está marcada para terça-feira (9) às 14h.

As representações apresentadas pelo PT e PL apontam que Moro teria realizado gastos excessivos durante o período da pré-campanha eleitoral de 2022, alegação que a defesa do senador nega. Segundo as siglas autoras, a campanha de Moro ao Senado teria se beneficiado da pré-campanha à Presidência da República, quando ele estava filiado ao Podemos.

A juíza Cláudia Cristina Cristofani, ao se manifestar, acompanhou o relator que votou pela não condenação de Moro. Em seguida, o juiz Julio Jacob Junior solicitou mais tempo para análise, pedindo vista. O juiz Guilherme Frederico Hernandes Denz também se manifestou contra a cassação, argumentando que não houve abuso de poder econômico, embora tenha apresentado discordâncias em relação às despesas a serem consideradas no caso.

Ainda faltam os votos de Anderson Ricardo Fogaça e Sigurd Roberto Bengtsson, presidente do TRE, que serão apresentados na continuação do julgamento. Uma das principais controvérsias ao longo do processo é a definição sobre quais despesas deveriam ser consideradas como pré-campanha, para determinar se houve desequilíbrio na disputa.

O julgamento no TRE ainda é passível de recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e os efeitos de uma eventual decisão só serão válidos após o esgotamento de todos os recursos. Se condenado, Moro perderia o mandato e se tornaria inelegível a partir de 2022, além de resultar em novas eleições para a cadeira do Senado.

 

 

 

 

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