quinta, 19 setembro 2024

Economia

há 2 semanas

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Haddad atribui meta de déficit zero em 2024 a reveses no Congresso

Atualizado: há 2 semanas

Redação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o Brasil poderia atingir a meta de déficit zero em 2024 se o governo federal não tivesse enfrentado derrotas no Congresso no ano passado. Durante um evento da Associação Brasileira de Franchising (ABF) em São Paulo, Haddad destacou que, com a aprovação integral das propostas governamentais, o equilíbrio entre receitas e despesas seria viável, eliminando o déficit primário.

Entre as principais derrotas citadas pelo ministro está a reversão do veto presidencial à desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia, o que deve impactar as contas públicas em R$ 18 bilhões este ano. Para mitigar essa perda, o Ministério da Fazenda está buscando maneiras de aumentar a arrecadação em R$ 28 bilhões. Apesar dos desafios, Haddad manteve uma postura conciliadora, destacando a importância do diálogo com o Congresso e elogiando a aprovação de medidas como o novo arcabouço fiscal.

Haddad afirmou que, se o ajuste fiscal tivesse sido realizado de forma concentrada em 2023, poderia ter resultado em juros mais baixos, um câmbio mais favorável e um crescimento econômico mais acelerado. Contudo, a meta de déficit zero precisou ser adiada para 2025 devido às dificuldades enfrentadas no Legislativo.

O ministro também expressou otimismo quanto ao futuro da economia brasileira, prevendo que as agências de classificação de risco elevarão a nota do país em reconhecimento às melhorias econômicas em curso. Além disso, Haddad minimizou o recente aumento na estimativa do IPCA, classificando-o como um "repiquezinho" influenciado por fatores temporários, como variações cambiais e decisões do Federal Reserve (Fed).

Concluindo sua participação, Haddad enfatizou a necessidade de uma comunicação mais eficaz para transmitir os avanços econômicos do Brasil, que, segundo ele, não estão sendo devidamente reconhecidos pela mídia. Ele destacou que o governo está trabalhando arduamente para colocar o país em uma trajetória de crescimento e estabilidade. ( com inf da Folha Press)

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