O anúncio da pré-candidatura de Marcos Pollon foi o golpe final para isolar completamente a campanha de Adriane Lopes (PP) em Campo Grande. Até poucos dias atrás, o ex-presidente Jair Bolsonaro estava comprometido com a reeleição da prefeita Adriane Lopes, mas o cenário político sofreu uma reviravolta drástica com a decisão repentina de Pollon de entrar na corrida eleitoral. Essa mudança derrubou a campanha de Adriane, que já enfrentava desafios significativos com a possibilidade de Bolsonaro indicar o vice de Beto Pereira (PSDB).
Com o apoio de Bolsonaro devendo se concretizar em favor de Beto Pereira ou Marcos Pollon, a campanha de Adriane Lopes, que busca a reeleição, foi completamente desidratada ante a falta do apoio bolsonarista, gerando uma nova movimentação no cenário político da capital. Agora, sem o suporte claro de Bolsonaro e enfrentando um campo político reconfigurado, a campanha de Adriane Lopes se vê em uma posição delicada, com suas chances de reeleição drasticamente reduzidas.
O acordo inicial, costurado pela ex-ministra da Agricultura e senadora Tereza Cristina, presidente regional do PP, era dado como certo. As negociações desmobilizaram as ações de lideranças do PL interessadas em concorrer à prefeitura de Campo Grande.
No entanto, algo deu errado no final da costura do acordo de Tereza com Bolsonaro. Na semana passada, o PL surpreendeu ao fechar apoio ao deputado federal Beto Pereira para prefeito de Campo Grande. Essa mudança inesperada pegou muita gente de surpresa, inclusive dentro do próprio PL, onde todos já contavam com a aliança pela reeleição de Adriane.
Para complicar ainda mais a situação, o deputado federal Marcos Pollon, presidente regional do PL, postou um vídeo em suas redes sociais afirmando que será candidato a prefeito de Campo Grande. A declaração de Pollon de ser candidato, após Bolsonaro conversar com o governador Eduardo Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja para tratar da aliança, foi vista como um ato de rebeldia.
Independente de Bolsonaro declarar apoio a Pollon ou a Beto, já é certo que a pré-campanha de Adriane caiu em espiral, sendo visível o desânimo de seus correligionários, que já a consideram como impossível de ser reeleita.
